Estilos Parentais: como a criação molda a vida dos filhos
- Jonatas Oliveira
- 28 de fev.
- 2 min de leitura

Sobre o que é este post:
A forma como ofertamos cuidado e amor aos nossos filhos
A forma como os pais educam, apoiam, cuidam e enxergam seus filhos tem um impacto profundo no desenvolvimento emocional, social e psicológico deles. O estilo parental influencia diretamente a autoestima, a autonomia e a maneira como cada indivíduo enfrentará desafios e construirá seus relacionamentos ao longo da vida.
Você já parou para pensar em como foi a sua criação e como isso reflete na sua forma de educar? Vamos explorar os principais estilos parentais e seus impactos:
Pais Autoritativos: Equilíbrio entre Amor e Limites
Há apoio, afeto e liberdade para que os filhos desenvolvam independência.
O respeito é o valor central: todos exercem e recebem respeito.
O diálogo é incentivado, e as decisões são compartilhadas.
Resultado: Segurança para tomar decisões, reconhecimento das próprias competências, capacidade de estabelecer relações saudáveis e desenvolvimento da responsabilidade pessoal.
Pais Autoritários: Disciplina Rígida e Pouca Afetividade
Estabelecem limites inflexíveis, impõem regras rígidas e usam a cobrança excessiva.
A comunicação tende a ser agressiva, e a autonomia é restrita.
A autoridade é o valor principal: a obediência é exigida sem questionamentos.
Resultado: Medo constante, dificuldade em confiar nos outros, confusão entre sentimentos de amor e raiva, baixa autoestima e propensão a relações abusivas.
Pais Indulgentes: Permissividade sem Limites
Há muito apoio e permissividade, mas pouca imposição de regras e limites.
A "liberdade" é o valor principal, mas sem exigências ou correções.
Os erros e problemas de conduta costumam ser ignorados.
Resultado: Sensação de que não há necessidade de assumir responsabilidades, tendência a agir de forma impulsiva e dificuldades para lidar com desafios na vida adulta.
Pais Negligentes: Ausência de Cuidado e Atenção
Pouco envolvimento emocional e baixa participação na vida dos filhos.
A comunicação é limitada, e não há monitoramento do desenvolvimento infantil.
Resultado: Sensações frequentes de ansiedade, tristeza e solidão. Problemas escolares, falta de motivação, desinteresse pela própria saúde e dificuldades em estabelecer vínculos.
Qual é a importância de revisitar nossa criação?
Para muitas pessoas, pai e mãe são as primeiras e mais marcantes referências na vida. Entender como fomos criados e como isso influenciou nossa forma de ver o mundo nos ajuda a perceber padrões que podemos manter ou transformar.
Se você tem filhos, vale a reflexão: como você está exercendo seu papel parental? Está conseguindo equilibrar afeto, diálogo e limites?
A forma como você educa hoje impactará o futuro deles de maneiras que talvez você ainda nem imagine.
Sobre o autor
Jonatas Oliveira é um psicólogo comprometido com o bem-estar emocional e o crescimento pessoal de seus pacientes.
Com uma abordagem humanizada baseada na Gestalt-terapia, ele auxilia indivíduos, casais e famílias a superarem desafios emocionais e fortalecerem suas relações.
Além disso, atua na orientação de processos de desenvolvimento profissional e na perícia psicológica no contexto familiar.
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