Nosso tempo. Nossos planos.
- Jéssyca Martins
- 10 de abr.
- 2 min de leitura

Sobre o que é este post:
O planejamento de vida de cada pessoa deve respeitar as singularidades de cada um e não obedecer a imposições sociais
Quanto custa viver preso na “caixinha” da sociedade?
Essa pergunta, por mais simples que pareça, carrega um peso enorme.
Desde cedo somos colocados em um sistema que nos molda, dita regras e estabelece o que é certo ou errado, bem-sucedido ou fracassado. Mas até que ponto essas exigências refletem nossos verdadeiros desejos e valores? E o quanto estamos dispostos a pagar — emocional, mental e até fisicamente — para seguir esse roteiro pré-estabelecido?
Desde o início da vida escolar, aprendemos que o outro é um concorrente e que precisamos nos destacar para sermos reconhecidos. O foco se desloca da aprendizagem para a comparação. No ensino médio, a pressão para passar no ENEM se torna sufocante, como se o nosso valor estivesse atrelado a uma nota. Ao ingressarmos na faculdade, somos obrigados a escolher um único caminho profissional, muitas vezes sem autoconhecimento suficiente para tomar essa decisão.
E não para por aí. A sociedade tem um roteiro bem definido: namorar, noivar, casar e ter filhos. Questionar essa sequência é quase um tabu. Espera-se que cumpramos cada etapa no tempo “certo” — mesmo que internamente estejamos em conflito, perdidos ou com outros sonhos que não se encaixam nesse molde. Vivemos, muitas vezes, tentando agradar os outros, buscando validação externa e sufocando nossos próprios desejos.
A grande pergunta que fica é:
O que você tem feito por você, e não para cumprir as expectativas dos outros?
Viver fora da “caixinha” pode ser assustador, mas também libertador. É preciso coragem para se escutar, se respeitar e construir um caminho autêntico, mesmo que ele não siga o script social. Afinal, a vida é sua — e ninguém mais vai pagar o preço de viver uma existência que não lhe pertence.
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