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Relações Tóxicas e Responsabilidade Afetiva

  • Foto do escritor: Jonatas Oliveira
    Jonatas Oliveira
  • 27 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

Casal caminhando em um pôr do sol

 

Sobre o que é este post:

Conduta responsável nas relações

 

Há relações que se tornam tóxicas pela falta de responsabilidade ou de compromisso dos envolvidos. Para quem está de fora dessas relações é fácil identificar sinais de abuso, negligência, opressão e outros. Mas não é tão fácil para quem está envolvido. Isso porque “o amor” ou o desejo de que tudo dê certo pode levar a pessoa a acreditar que o relacionamento vai melhorar.

 

De qualquer forma, nunca é demais observar o comportamento e os discursos desse alguém com quem se quer construir uma experiência amorosa.

 

Dê atenção aos comportamentos e/ou falas destacadas a seguir:

  • Já afirmou algumas vezes que não gosta ou não se sente preparada/o para compromissos;

  • Não consegue ou não sabe elogiar, mas faz críticas com muita facilidade e frequência;

  • Costuma comparar a relação atual com relações passadas, indicando que já foi mais feliz com outras pessoas;

  • Continua paquerando ou flertando com outras pessoas porque não acredita na longevidade da relação atual;

  • Desaparece de vez em quando e volta querendo retomar como se nada tivesse acontecido;

  • Há declarações do tipo: “a gente nunca vai dar certo”;

  • Há desejo e atração física, mas é perceptível que não há nada mais em comum;

  • Não há envolvimento com amizades ou familiares, a relação tende a isolar o casal;

  • Não há cuidado e atenção. A relação é distante e se preza muito mais pela individualidade.

 

Se você identificou a presença da maioria desses comportamentos no seu relacionamento é importante tomar decisões para que vocês alinhem o que querem juntos, pois com o passar do tempo se torna insustentável a convivência e a experiência “amorosa” acaba deixando uma marca muito ruim e delicada de tratar.

A frustração, a sensação de perda de tempo e a baixa autoestima infelizmente se instalam muito facilmente em quem acreditou que poderia ser feliz e se dá conta de que, na verdade, só se machucou.

 

Levine e Heller, estudiosos das relações humanas e das interações em casal, relatam que existem “tipos” que não conseguem se conectar e permanecer em um casamento ou relacionamento mais sério que requer compromisso. Isso acontece porque ao longo do seu desenvolvimento, essa pessoa pode ter aprendido a “fugir” de qualquer possibilidade de ser responsável por outra pessoa e acaba se distanciando da parceria sempre que percebe as coisas indo muito bem.

 

Nem sempre há uma intenção de magoar, mas a ferida é inevitável porque há alguém esperando receber amor e há alguém que não consegue ofertar esse amor.

 

Se você se identifica como esse alguém que não consegue se dedicar a um compromisso sério e duradouro, mas gostaria, é provável que não se sinta bem nos relacionamentos e já tenha percebido que o histórico é de muita mágoa pelo caminho...

Você pode buscar ajuda para se entender melhor e ser uma parceria melhor para quem você ama.

 

Se você se identifica como a pessoa que sofre por se dedicar demais e nunca receber cuidado, compromisso e atenção, você pode trabalhar as suas vulnerabilidades, fortalecer o seu amor próprio e aprender a ingressar nos relacionamentos sem se tornar tão dependente deles.

 

Finalmente, existem inúmeras combinações para o amor. É por isso que não deveríamos permanecer em uma relação que obviamente não nos faz bem. Não é bom para ninguém permanecer em relações destrutivas por acreditar que não terá outra chance para amar ou receber amor.

 

É preciso amar primeiro quem você é para depois oferecer amor ao outro. Assim, você saberá quando se doar mais valerá a pena. Assim você se dará conta de que é preciso ter responsabilidade afetiva com os outros (e com você).



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